JUVENTUDE: Estatuto prevê que jovens podem viajar de graça em trechos interestaduais‏

Jovens de baixa renda vão poder viajar de graça em trechos interestaduais. A medida faz parte do Estatuto da Juventude que está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo o relator do projeto, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, a proposta prevê que as empresas de ônibus reserve quatro assentos para jovens de baixa renda, duas serão disponibilizadas gratuitamente, e duas com desconto de 50 por cento no valor da passagem. 

Para ter direito ao benefício o jovem vai ter de comprovar que é de baixa renda e ter renda familiar inferior a dois salários mínimos, ou seja, menos de mil reais. Para o Presidente da União da Juventude Socialista, André Tokarski, mesmo que o texto ainda não tenda sido publicado, já é possível comemorar a medida que facilita que o jovem explore mais o Brasil.

"A medida que é democratizado o acesso com medidas como essa aumenta a possibilidade do jovem e do estudante circular pelo país. Eu tenho convicção de que milhares de jovens gostariam de poder viajar, de conhecer outros estados, conhecer outras cidades mas a falta de oportunidades, preços caros tanto de passagens aéreas, quanto de passagens terrestres são obstáculos pra isso."

As empresas rodoviárias ainda estão avaliando qual vai ser o impacto financeiro da medida, mas, segundo o Senador Paulo Paim, os lucros não vão ser abalados. 

"É a tal de responsabilidade social. As empresas de ônibus elas tem seu lucro com a participação de venda de ingresso a toda a população. E é uma forma de você garantir que a juventude pobre possa também ter um direito a esses espaço no transporte interestadual como tem hoje para o idoso."

O projeto de lei que cria o estatuto da Juventude estabelece ainda direitos em áreas de saúde, educação, justiça e trabalho aos estudantes e jovens entre 15 e 29 anos. A proposta já foi enviada pelo Senado Federal, mas ainda precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados e ser sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff.

Reportagem, Lídia Mara

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