Discípula de Celso Furtado, a economista Tânia Bacelar terá
um papel relevantíssimo na campanha presidencial de Eduardo Campos. Ela por
enquanto não aparece, mas já coleta dados econômicos para municiar o discurso
do governador. A outra “cabeça pensante” do PSB é o ex-ministro Fernando
Bezerra Coelho, que deseja ficar em Pernambuco para disputar o governo
estadual, embora o partido pretenda empurrá-lo para a coordenação nacional da
campanha.
Intuição – Dos 25 membros da bancada federal pernambucana,
dois não creem que Eduardo Campos será candidato a presidente da República:
Sílvio Costa (PSC) e João Paulo (PT). Este último faz questão de dizer que se
baseia apenas na “intuição”, e não em análise de estratégia. E continua
convencido de que o candidato da aliança PSB/Rede será a ex-senadora Marina
Silva.
Assédio – O deputado Júlio Cavalcanti (PTB) não identificou
mais o “dedo” do Palácio num suposto assédio aos seus 6 prefeitos: Arcoverde,
Sertânia, Custódia, Buíque, Pedra e Ibimirim.
O vice – Por já estar sendo tratado pelo Planalto como
“opositor”, Eduardo Campos não deverá receber Dilma em Afogados da Ingazeira
agora em novembro. Mandará o vice João Lyra Neto.
Simpatia – Se dependesse apenas de Roberto Freire, o PPS se
juntaria ao PSB/Rede para apoiar Eduardo Campos. Mas a candidatura de Soninha
Francine está acumulando força no partido.
Elogio – O presidente da Compesa, Roberto Tavares (foto),
foi elogiado num programa de rádio em Belo Jardim pelo ex-vereador Valdemir
Cintra porque cultiva um hábito pouco comum na equipe do governo estadual:
atender telefone e retornar as ligações.
Risco – Do prefeito de São Lourenço, Ettore Labanca (PSB),
sobre a crise em que as prefeituras se acham devido à queda do FPM: “Ai de nós,
prefeitos do Nordeste, se Dilma reeleger-se. Ela, precisando de votos, nos
trata desse jeito, imagine sem precisar”.
Controle – Após uma temporada de 11 anos, a Chesf saiu do
controle do PSB. Passaram pela presidência nesse período Dilton da Conti e João
Bosco Almeida. A nomeação de Dilton para comandá-la foi negociada diretamente
por Arraes com o então presidente Lula. Arraes chegou a temer pela privatização
da empresa no governo de FHC, a quem enviou uma carta de protesto.
Dilema – O senador Humberto Costa foi quem melhor definiu
até agora o dilema em que se encontra o PT pernambucano visando às próximas
eleições. Se não lançar candidato próprio a governador, diz ele, não haverá 2º
turno. E se decidir lançar pode ter um desempenho desastroso na eleição
proporcional (deputado federal e estadual) porque será obrigado a concorrer
sozinho.
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