Alunos utilizam a internet para difamar professores


Foto: Juliana Leitão
Não é fácil relembrar ofensas criadas pelos próprios alunos, a quem dedicou 25 anos da vida.
Professora Marilda Stanford foi alvo de constrangimentos, há quatro anos, quando alunos criaram um falso perfil dela na rede de relacionamentos Orkut. O simples mencionar do assunto torna a voz da professora de história embargada. Quatro anos já se passaram desde que a educadora Marilda Stanford, de 61 anos, foi alvo de constrangimentos na rede de relacionamentos Orkut. Os estudantes, com idades entre 13 e 15 anos, criaram um perfil falso. Mas utilizando a foto verdadeira dela. Nele informaram que a professora, casada, era bissexual, gostava de ler revistas masculinas e bebia excessivamente. A educadora pernambucana é uma das vítimas do bullying cibernético, que virou tema de novela e está presente em diversas escolas brasileiras. Com a falta de limites dos jovens, o fenômeno está atingindo um número cada vez maior de professores. A professora enfrentou as agressões da forma que conhecia. Ela preparou aulas sobre a importância da comunicação virtual, a responsabilidade no mundo cibernético e a consequência de atos ilícitos como a prática da falsidade ideológica e os crimes de constrangimento e de estelionato. "Ao invés de levar o caso à Justiça, passei em cada uma das salas que dava aula e abordei os temas. Acho que, por imaturidade, muitos alunos pensam que as brincadeiras na internet são inocentes. Mostrei, de forma indireta, o sofrimento que eles me causaram. Dessa forma, cumpri meu papel de educadora", justificou.

Fonte: Diario de pernambuco

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