Comissões debatem processo seletivo da Univasf em Petrolina

O formato do processo seletivo para ingresso nos cursos de graduação da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) foi tema de audiência pública promovida pela Assembleia, na última quinta (19 de abril), na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado. O encontro, realizado na Câmara de Vereadores, foi promovido pelas Comissões de Negócios Municipais e de Educação.O debate girou em torno da decisão da Univasf em adotar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como único meio de acesso aos cursos da instituição.

A medida, que está em vigor há três anos, vem sendo criticada por estudantes da Região do São Francisco. Eles alegam que a opção faz com que os vestibulandos sertanejos disputem vagas com candidatos de todo o Brasil.Como alternativa ao problema, a categoria estudantil local sugere a adoção de um sistema de blindagem da Univasf, que poderia ser promovido por meio da criação de uma segunda fase no processo seletivo da unidade, obrigando os alunos a realizarem inscrição e fazerem as provas nos municípios do Vale do São Francisco.

Em contraponto ao apelo dos estudantes, o vice-reitor da Univasf, Télio Nobre, apresentou números da última seleção da Univasf, apontando que a grande maioria dos aprovados foi das cidades de Petrolina e de Juazeiro, na Bahia. Segundo ele, mais de 90% das vagas, distribuídas em 23 cursos de graduação, são ocupadas por estudantes da Região. A única exceção é o curso de Medicina, que é composto majoritariamente por alunos de outras partes do Estado e do País.O presidente da Comissão de Negócios Municipais, deputado Odacy Amorim, do PT, apoiou o processo de blindagem sugerido pelos estudantes. De acordo com ele, a medida fortalece a Universidade e o desenvolvimento socioeconômico da Região do São Francisco.Télio Nobre informou que o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino, já encaminhou proposta ao Ministério da Educação no sentido de ampliar o número de vagas do curso de Medicina. Das 80 vagas oferecidas para esta graduação, apenas 15% são preenchidas por alunos de Petrolina e Juazeiro.A audiência pública ainda contou com a presença dos deputados Isabel Cristina, do PT, e Adalberto Cavalcanti, do PHS, além de demais autoridades políticas locais, professores e organizações estudantis do Vale do São Francisco. (F.M.)Comissão de Agricultura debate medidas para amenizar a seca no SemiáridoDurante audiência pública realizada em Garanhuns, na manhã desta sexta (20 de abril), a Comissão de Agricultura debateu as medidas necessárias para amenizar a seca que atinge o Semiárido pernambucano.

Entre as iniciativas emergenciais para os próximos seis meses, anunciadas pelo secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, estão a compra de grãos para recuperar a plantação de milho, a construção de mil poços tubulares e a recuperação de outros 400 que estão sem funcionar, visando melhorar a irrigação e o consumo d’água nas fazendas.Também foram defendidas ações para coibir o descarte dos animais em feiras, número que passou de três para cinco mil nas últimas duas semanas, por conta da dificuldade dos produtores alimentarem o rebanho, além de iniciativas para facilitar a alimentação do gado.O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Claudiano Martins Filho, do PSDB, ressaltou que as ações emergenciais, anunciadas pelo secretário Ranilson Ramos, precisam ser implantadas para amenizar a seca no Semiárido.A audiência pública também contou com a participação dos deputados Izaías Régis e Marcantônio Dourado, do PTB, da gerente-geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Erivânia Camelo, bem como de representantes do Sebrae, da Defesa Civil, entre outros setores. (A.N.) (R.F.)

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