"O assunto dos Royalties não se resolveu da melhor forma para o pais" disse Eduardo Campos




Eduardo Campos (PSB) lamenta o desfecho do embate travado pelos royalties de petróleo entre os estados.
Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados derrubaram o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata da nova distribuição dos recursos advindos do pré-sal.
Para o governador pernambucano, a oposição da Câmara ao veto era inevitável, mas, segundo ele, a discussão se prolongou além do ideal e o assunto não se resolveu da melhor forma para o país.
O veto mantinha os estados produtores (Rio, Espírito Santo e São Paulo) como os principais beneficiários na partilha do dinheiro.  Antes eles ficavam com 26,25% do total. Agora, terão direito a 20%.
“Se nós tivéssemos, lá atrás, conversado um pouco mais, poderíamos ter chegado a um acordo que evitasse tamanho desgaste em torno deste tema”, disse.
“Estivemos muito próximos de fechar um consenso e acho que a matéria foi levada à votação em momento inadequado”, prosseguiu.
“Esperamos que a partir de agora seja possível retomar o diálogo, e que seja possível evitar a judicialização do processo e um atraso ainda maior nos investimentos, que são indispensáveis à exploração e do pré-sal e à dinamização da economia brasileira”, arrematou o governador.
Na verdade, a chiadeira dos estados “produtores” que lutam pela manutenção da maior fatia para seus cofres é discutível.
Toda a estrutura de exploração de petróleo é federal e as águas do pré-sal são nacionais – e não capixabas, paulista ou fluminense.
Além do mais, as perdas não tão significativas diante do ganho gerado para os estados não produtores. De todo modo, os produtores acionaram o Supremo para derrubar o projeto.

Do Diário de Pernambuco  (Blog Josué Nogueira)

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