Tiranos que mudaram a história do mundo, viveram no mesmo lugar em 1913



Era uma vez uma vizinhança muito tranquila. Quem estivesse disposto a dar um passeio pela Viena em 1913, ao caminhar apenas alguns quarteirões, poderia encontrar o café preferido de Sigmund Freud, a casa de Adolf Hitler, a cafeteria onde Leon Trotski passava algumas horas de sua semana, a residência temporária de Joseph Stalin, o palácio do imperador Francisco José e o lar do arquiduque Francisco Ferdinando. Viajando um pouco ao sul da cidade, ainda era possível encontrar o local de trabalho de Marechal Tito.
Parece coincidência demais pra ser verdade, mas aconteceu: cem anos atrás, a capital do Império Austro-Húngaro foi o lar de pelo menos 5 homens que mudariam a história do século XX.
Freud mantinha sua casa e seu consultório na Rua Berggasse e vivia uma das melhores fases de sua carreira de psicanalista. Ele se mudou para Viena em 1860, ainda criança, e só saiu da cidade em 1938, depois que a Áustria foi anexada a Alemanha nazista. Seu café preferido, o Landtmann, funciona até os dias de hoje.
Trotski viveu na capital austríaca entre 1907 e 1914, trabalhando na obra Pravda (A Verdade). Em janeiro de 1913 foi o anfitrião de Josef Stalin, que passou um mês na cidade, tanto para escapar da Rússia quanto para encontrar Trotski e outro parceiro, Nikolay Bukharin.
Josif Broz, que mais tarde seria conhecido como o líder iugoslavo Marechal Tito, trabalhava em uma fábrica de automóveis no vilarejo Wiener Neustadt, ao sul de Viena.
Nessa poderosa vizinhança ainda vivia um jovem de 24 anos, vindo do noroeste do país em 1908 com o sonho de estudar na Academia de Belas Artes de Viena. Seus planos haviam sido destruídos duas vezes e ele agora vivia em uma pensão na Rua Meldermannstrasse, nas proximidades do Danúbio. Seu nome era Adolf Hitler.

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