Micose, conjuntivite, diarréia e candidíase são males da estação
Sinônimo de férias, sol, praia e um bronzeado invejável, o verão também pode se tornar um pesadelo para os banhistas descuidados. Nada pior do que ver as tão sonhadas férias irem pelo ralo por causa de doenças como conjuntivite, micose, candidíase e diarréia. Problemas que são comuns, mas podem ser evitados tomando-se providências simples. Independentemente do tipo da doença, a dica básica é carregar as boas práticas de higiene dentro da bagagem.
Com o calor e a umidade, o verão é um paraíso para fungos e bactérias, que se proliferam e fazem a festa em organismos desprotegidos. Junte-se a isso as comidinhas de praia, o excesso de cloro das piscinas e as roupas apertadas para ressaltar a boa forma perseguida durante o ano e o cenário está perfeito para o aparecimento das doenças oportunistas. Existe até mesmo uma especialidade da infectologia, chamada medicina do viajante, que, como o próprio nome diz, zela pela saúde do turista.
A médica infectologista Eliana Bicudo, especialista na área, está acostumada a ouvir em sua clínica, em Brasília, reclamações de viajantes que tiveram as férias estragadas por diarréia, causada por hepatite A. A doença é transmitida por fezes infectadas pelo vírus, que se instala facilmente na água. "Muitas pessoas comem nas barracas sem saber como é feita a higenização dos alimentos. Já vi lavarem pratos de barraca com a água do mar. Na mesma praia onde sai o esgoto da cidade", conta.
Ela diz que muita gente atribui a diarréia do turista ao excesso de sol, mas explica que não existe nenhuma relação. O problema está mesmo nos alimentos mal-lavados, nos picolés caseiros e até em inocentes sucos. Para quem não quer se preocupar a cada iguaria ingerida fora de casa, Eliana Bicudo recomenda a vacina contra a hepatite.
Os turistas também não podem descuidar da pele. Micoses e herpes costumam atacar no verão, de acordo com o médico Geraldo Carvalhaes, dono de uma clínica em Belo Horizonte, que já começou a atender pacientes infectados.
Causada por fungos que sobrevivem graças ao calor e à umidade, a micose provoca vermelhidão na pele, coceiras e, dependendo da gravidade, lesões mais profundas. Correm maior risco de abrigar o fungo as pessoas que não se secam corretamente. Ao sair da piscina e esquecer de tirar toda a água acumulada nas dobras do corpo, como virilha e entre os dedos, cria-se o ambiente perfeito para o aparecimento da micose. Quem também prolifera nesta época é o HVS, vírus da herpes. "A exposição ao sol, principalmente entre 10h e 16h, sem protetor solar, é um facilitador para as feridas da herpes, pois baixa a resistência do organismo", diz Carvalhaes.
É preciso ter cuidado também com o fungo Candida albicans, que provoca a candidíase. A doença é transmitida sexualmente, mas também pode ter outras causas. "A elevação das temperaturas torna o ambiente propício para o desencadeamento da doença", explica o médico Dairton Miranda. Ele diz que o desenvolvimento da candidíase se dá pelo uso prolongado de roupas molhadas, que deixam a região genital sem ventilação. (Do Correio Braziliense)
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